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Daniel Custódio: Como lidar com a variância no poker

27/10/2025

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A variância faz parte do percurso de qualquer jogador profissional. No entanto, saber como lidar com a variância no poker é o que realmente separa quem desiste de quem evolui. Conversámos com o jogador da Polarize Poker, Daniel Custódio, mais conhecido nos panos como Dani, que partilhou a sua visão sobre as fases difíceis e o que o ajudou a recuperar o foco e o equilíbrio.

Quando percebes que estás numa downswing

“Demoro um pouco a perceber que estou numa downswing”, começa por dizer Daniel. Segundo ele, é muito fácil um jogador de poker acreditar que está apenas a ter azar e não assumir que precisa de mudar algo.

“Um jogador de poker normal demora entre três a seis meses a perceber que as coisas não estão tão fáceis. Perder um mês ou dois parece normal, mas quando chega ao terceiro ou quarto, aí sim percebe que algo se passa.”

A reação inicial, admite, foi negativa. “É quase como respirar um ar negativo. Começamos a pensar em tudo o que corre mal: ‘já não bato o jogo?’, ‘os torneios estão mais difíceis?’, ‘será que vou conseguir viver disto?’. E esse tipo de pensamento mina a confiança.”

Manter o foco e a rotina é essencial

Apesar das dúvidas, Daniel manteve a disciplina. Para ele, a chave sobre como lidar com a variância no poker está em não mudar o que funciona.

“O mais importante é a resiliência. Nunca desistir, manter o foco no trabalho. Se tenho de fazer 20 sessões por mês, faço as 20. Se tenho de estudar 3 ou 4 horas por semana, estudo. Se tenho de dar aulas, dou aulas. Ou seja, não mudo nada na minha rotina.”

Além disso, reforça que o apoio das pessoas certas faz toda a diferença.

“Apoio-me nas pessoas que estão próximas: amigos do poker, esposa, pais, coach. E estudo ainda mais o meu jogo do que numa fase de upswing.”

Estratégias práticas para recuperar do make-up

Quando falamos em recuperação, Daniel é claro: trabalho duro e consistência.

Essa mentalidade é o que mantém o rumo mesmo nos períodos mais difíceis. Ou seja, não há fórmulas mágicas, apenas dedicação, volume e estudo contínuo.

Ajustes no estudo e na seleção de torneios

Durante a downswing, Daniel também adaptou o seu método de estudo.

“Foco-me mais em ver live plays e reviews das minhas sessões, porque é onde encontro os meus maiores erros e onde estou a perder mais EV. Noutras fases posso estudar spots específicos, mas aqui faz sentido identificar onde estou a errar mais.”

No que toca ao scheduling, Daniel destaca o suporte da Polarize Poker:

“A Polarize já tem um sistema muito ajustado. Quando estamos em downswing, descemos de nível automaticamente após perdermos X buy-ins, e isso ajuda muito. Quando me sinto com menos confiança, baixo os buy-ins. Isso dá-me tranquilidade e confiança no meu jogo.”

Dessa forma, a gestão inteligente da banca e a flexibilidade para ajustar stakes tornam-se peças-chave de como lidar com a variância no poker de forma saudável e estratégica.

A lição de Daniel Custódio

Em resumo, a experiência de Daniel mostra que a variância não é o inimigo, mas sim uma parte inevitável do processo de crescimento. Portanto, a resiliência, o apoio certo e o compromisso diário com o estudo e o volume são o que garantem a longo prazo o sucesso.

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