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🎤 Xunekas: Como é que me tornei jogador de poker?

14/04/2022

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Vem aí uma nova rubrica mensal – “Como é que me tornei jogador de poker?”. A grande maioria dos poker players, a determinada altura da sua vida, decidiram não seguir o dito caminho normal de arranjar um emprego das 9h às 18h com um ordenado fixo. Isto é, decidiram embarcar numa carreira disruptiva e partir à aventura que é ser jogador de poker profissional.

Para a inauguração da rubrica trazemos um Coach and Jogador que se destaca pela sua ética de trabalho e dedicação. Vamos lá, então, perceber “Como é que ser Jogador de Poker” mudou a vida do jogador e, para isso, precisamos de ficar a conhecer melhor a história do André Marques, jogador profissional de poker português, conhecido por “Xunekas”, tem 27 anos e é natural de Lousada.

1. Quando é que começaste a jogar poker?

O poker entrou na vida do jogador “quando tinha por volta de 15/16 anos, na altura do liceu”.

2. Como surgiu a ideia de te candidatares à Polarize?

O André conta que viu um anúncio no Facebook que dizia “últimas inscrições” e pensou “não tenho nada a perder, por isso vou mandar a candidatura e vamos lá ver no que vai dar”. Revela que sentiu-se bastante feliz e “nem estava a acreditar” quando recebeu a notícia de que tinha passado à 2ª fase das candidaturas. 

3. Quando é que te candidataste à Polarize? E, o que fazias na altura?

“Em 2017, na altura estudava engenharia informática.”

4. Como foi receber a notícia de que entraste para a Polarize? 

Após a 2ª fase das candidaturas (entrevista) lembra-se de receber um email a dizer “Lamentamos mas não foi colocado na equipa principal…”, após ler essa frase ficou bastante triste e só após a insistência de um amigo seu é que decidiu abrir o email e lê-lo por completo. E, ainda bem que o fez porque a continuação dizia “…, mas estamos a abrir uma equipa de Micros e estamos interessados que venhas para cá.” 

5. Quando (e porquê) é que decidiste tornares-te jogador de poker a full time?

O nosso jogador revela que era “aquele fanboy que via os EPTS e WPTS todos, mas da parte de torneios online percebia zero”. No entanto, o André referiu que sempre quis “tirar um ano para jogar poker e ver como corria”. Portanto, foi bastante natural e assim que surgiu a oportunidade de entrar para a Polarize Poker e assinar contrato tornou-se, efectivamente, real a decisão de ser poker player profissional a full time

6. Qual foi o jogo e/ou momento mais importante da tua carreira?

O momento mais importante da carreira do André foi quando “assinei contrato com a Polarize”. Sendo que, o torneio mais importante da sua carreira de atleta de poker foi aquele em que conquistou o título de campeão do mundo, ou seja, na PokerStars WCOOP em 2020.

7. Gostas mais de jogar poker ao vivo ou online?

The “Xunekas” confessa que apesar de gostar muito de jogar online, a sua grande paixão são os jogos ao vivo, tendo em conta todo o seu background.

Recentemente, esteve no EPT de Praga, no mês passado sagrou-se Campeão GGPoker WSOPc Series e este ano vai estar presente, pela primeira vez, no WSOP em Las Vegas.

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Bruno Bernardino, Xunekas e Ricardo Caridade festejaram o título com o companheiro de equipa – Daniel Custódio.

Fotos: Danny Maxwell/PokerStars

8. O que é necessário para se ser um bom jogador de poker profissional?

A primeira coisa que é preciso é ter amor e gostar daquilo que se faz. Nesta área, como noutra qualquer, o retorno não é certo. Portanto, posso ter uma semana que me corre bem, como posso ter meses sem ganhar nada, a perder. Há variação no jogo, não há um retorno imediato. Podes trabalhar dois, três anos, ganhar algum, mas não ganhar nenhum torneio grande”.

9. O que é que todo o Bom profissional de poker deve evitar?

O André refere que “todos os erros são importantes para aprender e evoluir, sou da opinião de que dar com a cabeça na parede é muito bom”, mas aconselha os jogadores a “aprenderem a controlar o ego”.

10. Se alguém quiser entrar na Polarize, o que recomendas?

Consumir bastante conteúdo da internet, como por exemplo, consultar análises de mãos e ver podcasts. Ser constante e consistente no seu jogo, ou seja, se por exemplo ”chegares do trabalho às 19h, planeia grindares das nove à meia-noite”. 

11. Como é a tua rotina num dia de jogo?

Muito resumidamente, esta é a rotina do nosso jogador:

  • Acordo 
  • Jogo Padel (normalmente, 3 vezes por semana)
  • Lunch
  • Saio de casa para tomar um café e estar com a minha namorada
  • Por voltas das 15h/16h, faço o warm up e começo a jogar
  • Quando termino de jogar, estudo um bocado.
  • Depois descanso um bocado
  • Vou dormir.

Após este resumo fizemos as seguintes perguntas ao nosso Coach e Jogador.

12. Quais são as tuas expectativas para o SCOOP? 

“As expectativas são boas! Nas últimas séries em que tivemos no Brasil, tivemos uma rotina altamente, todos os planos de trabalho foram cumpridos ao detalhe e isso teve bastante impacto no nosso desenvolvimento e resultados! Estamos preparados, por isso diria que as minhas expectativas em termos de trabalho é que vão ser umas boas séries e vamos conseguir cumprir os objetivos a que nos propusemos.”

13. Por fim, responde-nos a esta questão: Se pudesses ter um Outdoor gigante de publicidade com qualquer mensagem que gostasses de transmitir a milhões de pessoas — o que dizia esse Outdoor? (pode ser por exemplo alguma quote que gostes ou admires)

“Não é quando tu queres, mas quando tu estás disposto a trabalhar para o conseguir!” (quote da polarize)

14. Deixa-nos uma pergunta para fazermos ao Nélio na próxima entrevista. 

Aqui vai a pergunta para o Nélio: “Quantas pessoas achas que vais conseguir lesionar neste mês de SCOOPs? Nas últimas séries dos WCOOPs conseguiste lesionar uma pessoa por semana (repetidamente), por isso a pergunta é no sentido se queres elevar esse objetivo ou se queres manter? Como vai ser a dureza no futebol nestas séries? 😂”

Atenção, não percas a entrevista com o Nélio “oNinguém” Relva.

Por fim, um grande obrigado ao nosso Jogador e Coach pela sua disponibilidade imediata e boa disposição contagiante!

E, não poderíamos deixar de agradecer às seguintes fontes, uma vez que grande maioria das informações foram retiradas das seguintes entrevistas:

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